Man, it's been almost three months since I last translated a Pessanha poem. This corpse has been slacking- though mainly in this regard, as I've been reading a fair amount of stuff in Portuguese, I'm still going taking Portuguese classes, and my entry to Macau Antigo's sixth anniversary contest garnered me a prize. I wish I could claim the same level of involvement with Chinese; I've been studying it regularly, but it's a lot easier to engage more extensively with Portuguese on a daily basis.
Passando para assuntos mais importantes, apresento-lhe uma tradução inglês de um poema de Camilo Pessanha. Todos os avisos normais aplicam: minhas palavras não são bastante poetica (ou são muito literal), não entendo bem o significado do poema, etc.
Aproveite-o, caro leitor!
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Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
— Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
— O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
— Estranha sombra em movimentos vãos.
***
Images that pass across the retina
Of my eyes, why don't you stay put?
You pass like crystalline water
from a fountain, to nevermore!...
Or to the dark lake where ends
Your course, silent in the rushes,
And the agonizing empty fear dominates,
— Why do you go without me, why don't you take me?
Without you what are my open eyes?
— The mirror useless, my eyes pagan!
Aridity of desert after desert...
Even the shadow of my hands,
Random flexing of my uncertain fingers,
— Strange shadow in vain movements.
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